Na madrugada do dia 11 de maço de 2011 o terremoto de 8,9 grau na escala Richter e um tsunami abalaram o Japão e acabaram provocando danos na usina nuclear de Fukushima. A usina sofreu danos em três dos seus seis reatores. No momento do terremoto, 11 usinas da região foram desligadas.

Como parte do procedimento, os reatores precisam ser resfriados, uma vez que a fissão nuclear ainda permanece em funcionamento mesmo após a interrupção da geração de energia. Cerca de uma hora após o tremor a usina de Fukushima foi atingida pelo tsunami. As explosões ocorreram quando a água usada para o resfriamento se tornou vapor de alta temperatura, liberando hidrogênio, altamente inflamável.

A usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo em 12 de março, tornando-se o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobyl. Embora nenhuma morte por exposição a radiação tenha sido relatada,cerca de 300 mil pessoas foram evacuadas da área, 15.884 de pessoas morreram devido ao terremoto e tsunami.

As radiações trazem problemas até os dias de hoje. Diariamente um grande volume de água é utilizado para refrigerar os reatores da usina que foram desativados após o acidente. Toda essa água é armazenada em mais de mil tanques construídos no local. Em contato com as varetas de combustível nuclear, a água se torna altamente radioativa e precisa ser armazenada em grandes tanques, onde passa por um processo de purificação, 400 toneladas de água radioativa são produzidas a cada dia em Fukushima. Havia sido construído uma barreira subterrânea junto ao mar, mas a água proveniente dos reatores danificados está passando por cima da estrutura de contenção e esta contaminando o oceano Pacífico.

Nos últimos dois meses, a Tepco (The Tokyo Electric Power Company, uma companhia distribuidora de energia elétrica que serve Tóquio e seus arredores) tem trabalhado com o Governo numa solução que consiste em congelar o solo em volta dos reatores, para impedir a saída de água radioativa e seu contato com a água limpa que vem das montanhas, porém esse processo é muito caro.

FUKUSHIMA