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Em 26 de abril de 1986, a explosão do reator da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, abalou o mundo. Foram mais de 200 casos de envenenamento radioativo, 30 deles fatais, além de um número inestimável de problemas de saúde decorrentes da nuvem de radiação que se espalhou pela Europa. Até hoje, as nações europeias trabalham conjuntamente para impedir que a usina desativada cause mais problemas. Uma área de 30 quilômetros ao redor da usina teve acesso proibido e mais de 330 mil pessoas tiveram que ser evacuadas de suas casas, sem nunca poder voltar.
O acidente lançou 70 toneladas de urânio e 900 de grafite na atmosfera.
Após a explosão, milhares de trabalhadores foram enviados ao local para combater as chamas e garantir a resfriação do reator. Conhecidos como “liquidadores”, esses homens perderam a vida no combate ao incêndio. Na segunda etapa, para conter a radiação, trabalhadores sem equipamento adequado passaram seis meses construindo uma estrutura de isolamento, o “sarcófago”.
Visto que houve um superaquecimento do reator e como as águas que ainda circulavam nos tubos foram rapidamente transformadas em vapor, o resultado foi a formação de uma bola de fogo no edifício da planta que explodiu. Como a cobertura da usina não havia sido feita para aguentar esse impacto, a tampa de concreto e o teto do prédio foram destruidos, liberando 400 vezes mais material radioativo para a atmosfera do que a bomba atômica de Hiroshima. Adultos e crianças contraíram leucemia após lesões na medula óssea e muitas mulheres grávidas de até quatro meses tiveram filhos com malformação genética.
Os soviéticos tentaram esconder o acidente, mas os níveis de radiação foram detectados em outros países. A primeira notícia sobre a explosão saiu no dia 29, na Alemanha, três dias depois do ocorrido. A usina chegou a continuar em funcionamento, com turnos menores, e passou por dois princípios de incêndio, em 1991 e 1996.
O governo soviético admitiu 15 mil mortes, enquanto organizações não governamentais calculam 80 mil. Segundo números oficiais, 2,4 milhões de ucranianos sofrem de problemas de saúde relacionados ao acidente. Ainda hoje, 27 anos depois, 6% do PIB ucraniano é destinado aos efeitos da tragédia, como pagamento de indenização às vítimas.
Chernobyl